domingo, fevereiro 13, 2011

náufrago do tempo incerto

Pela dor amassada em lágrimas
nasces devagar asa desfolhada
no recanto letárgico do sono

ninguém te nomeia és tu
náufrago do tempo incerto e amargo
amarrado à tua ilha branca

abres as mão à madrugada
o tacto imerso da luz desce lento
o contorno das casas ritos gestos e gritos
habitam devagar a tua voz

cresces suave contra a parede
de violência cresces inteiro
contra o instinto da morte

A. J. Vieira de Freitas

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