à janela dos dias
Choras, e nem eu posso
mais do que lágrimas, coisas frias,
sobre as tuas mãos abandonadas
à janela dos dias.
Alta tristeza de cabelos de água,
é no meu rosto que se demora
- meu coração
escreve na noite como quem chora.
Eugénio de Andrade
posted by Lília Mata at
10:55 da tarde
1 Comments:
Este é um daqueles poemas que eu queria ter escrito... "cabelos de água" será o quê? Lisos, escorridos e voluteando ao vento? Ou encaracolados e despencando em cascata aveludada e meio que ocultando o rosto de quem chora?
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Dalva M. Ferreira, at 6:18 da tarde
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