sexta-feira, fevereiro 12, 2010

um fardo aos ombros

É um fardo aos ombros
o corpo, sem ti.
Até o amarelo
dos girassóis se tornou cruel.
Não invento nada,
na arte de olhar
a luz é cúmplice da pele.

Eugénio de Andrade

6 comentários:

  1. Que bonito!
    Também eu gosto de Eugenio de Andrade, pena que não tenho muito o habito de ler poesia, mas gosto muito vou continuar a visitar este espaço
    eugenia

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  2. Anónimo11:04 p.m.

    Grande Eugénio :) Adorei a escolha!

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  3. Anónimo12:38 a.m.

    Uma árvore está quieta,
    murcha, desprezada.
    Mas se o poeta a levanta pelos cabelos
    e lhe sopra os dedos,
    ela volta a empertigar-se, renovada.
    E tu, que não sabias o segredo,
    perdes a vaidade.
    Fora de ti há o mundo
    e nele há tudo
    que em ti não cabe.

    Homem, até o barro tem poesia!
    Olha as coisas com humildade.

    Fernando Namora, in "Mar de Sargaços"

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  4. O jardim ficou triste e a precisar de arranjo. Haja almas de jardineiros para recompor a tua ilha de flores.
    Força Madeira.

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  5. Querida Amiga.
    Recebi e, enviei-te uma mensagem sobre o blog Rabo do Gato.
    Francamente não cheguei a perceber o motivo de tal envio. Agradeço ue me elucides. Um beijo de amizade .João

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  6. Anónimo12:08 a.m.

    ...por estes dias, as terras estendem-se até às ribeiras, re-escritas como o lugar do dia seguinte. Falta reter sementes, lançar sob o céu os GIRASSÓIS e a luz da pele terá um novo brilho. Eu fico por aqui, esperando o florescer do teu JARDIM. Abraço imenso.

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