Sorte
Vi sementes de cravinas e , feliz, comprei-as. Lembrei-me das muitas cravinas coloridas que viviam na borda da poça de uma laranjeira do jardim dos meus pais, durante a minha infância.
Semei. Mais tarde dispus em dois vasos separados. No mesmo dia, com a mesma terra, a mesma quantidade de água, o mesmo carinho e lado a lado, apanhando o mesmo sol e a mesma geada.
Um dos vasos está lindo; no outra, as cravinas estão a morrer. Só pode ser Sorte, mais nada. O sol nasce para todos, mas não brilha de igual forma na vida de todas as pessoas, mesmo se nascidas e crescidas com as mesmas condições e atenções.